Já finda, silencioso, este ano do Senhor.
Entrega ao Deus bondoso tua alegria e dor.
As ânsias do passado, Deus as conhece bem.
O coração magoado e as lágrimas também. (HPD 1 nº34)
O Salmo 143.10, nos diz: “Guia-me o teu bom Espírito por terreno plano”. Esta suplica do Rei Davi deve ser a nossa oração no fim de mais um ano.
Fim de ano é época de retrospectiva. Época de avaliação. Época de certezas e também de arrependimentos.
Jamais deveríamos iniciar uma nova caminhada sem fazer uma avaliação criteriosa da caminhada anterior. É preciso saber o que deu certo e o que não deu certo, para repetirmos os acertos e evitarmos os erros.
Mas, pelo visto, são poucas as pessoas que o fazem. É preciso tirar o tempo necessário para aquela parada estratégica tão importante que cada um precisa fazer, para, inclusive renovar as forças.
Talvez vocês conheçam a história dos dois lenhadores que fizeram uma aposta para ver quem cortaria mais lenha até o final do dia. Um deles cortou incessantemente, sem parar um instante. O outro lenhador cortava lenha um determinado tempo, dava uma parada, descansava e voltada ao trabalho. E assim foi até o final do dia. Quando foram fazer os cálculos para ver quem havia cortado mais lenha, adivinhem: aquele que fazia paradas no meio do serviço cortou mais lenha do que aquele que trabalhou incessantemente, sem parar um instante se quer.
Como pode isso, perguntou ele ao ganhador.
É que eu não apenas parava para descansar, mas aproveitava a parada para afiar o meu machado, respondeu o que cortara maior quantidade de lenha.
No Evangelho de Lucas lemos, que Jesus disse: “Presta contas da tua administração” (Lc 16.2).
É importante pensar como foi a nossa vida, como foi a nossa relação com Deus e o próximo durante esse ano.
A melhor coisa para terminarmos bem um ano e começarmos o ano novo tranquilos, é estarmos em paz com Deus e com nosso próximo.
Há alguma coisa que precisamos perdoar?
O melhor remédio para estarmos em paz com Deus e com nosso Próximo é pedir perdão e perdoar. Deus nos perdoa por amor de Jesus Cristo. Nós perdoamos porque Deus nos perdoou.
E lembre-se de parar de vez em quando para afiar o machado. Pare para orar, para refletir, para ir aos cultos, participar de sua comunidade e ajudar o Próximo, para dar atenção à sua família e seus amigos.
Desta maneira podemos dar um bom adeus ao ano velho e começar um feliz ano novo.
Eis num ano novo entramos, vem Jesus nos acudir.
Dá que em fé e amor vivamos, sem temermos o porvir.
Nova graça, nova vida, seja a todos concedida.
Em meus planos e afazeres, Deus me queira orientar.
Dá que cumpra meus deveres, obediente e sem tardar.
Se eu sair, sai tu comigo, e, ao voltar, sê meu abrigo. (HPD 1, nº36)
Terminamos esse ano com palavras que fazem parte do hino Mil anos de paz, de Rodolfo Gaede Neto:
Em tuas mãos os nossos dias estão bem guardados Senhor.
Pertence-te a nossa História. O tempo nos dás por amor.
Abriga-nos em tua graça. Se o tempo quer entardecer.
Que livres de medo sigamos, confiantes no amanhecer.
Fica conosco, Senhor, em tempos de paz e de dor!
Ajuda teu povo a seguir, na fé, na esperança e no amor.
Deus te abençoe e te guarde, hoje e sempre. Amém.
Pa. Ma. Tânia Cristina Weimer
Pastora Sinodal do Sínodo Nordeste Gaúcho
