Gestão responsável dos bens disponíveis
Virá um descendente do rei Davi, filho de Jessé, que será como um ramo que brota de um toco, como um broto que surge das raízes. O espírito do Senhor estará sobre ele e lhe dará sabedoria e conhecimento, capacidade e poder. Ele temerá o Senhor, conhecerá a sua vontade (Is 11.1-2).
Economia: meios de sustento da vida, é o título da reflexão apresentada da Editoria Unidade, que esclarece Na compreensão de Lutero, Deus instituiu três esferas de governo para proteger os humanos e a natureza contra a ação usurpadora e (auto)destruidora: as autoridades (politia) para controlar a violência, a Igreja (ecclesia) para combater o pecado e ensinar o amor, e a ‘casa’ (oikonomia) para assegurar o bem comum. Fazem parte dessa ‘casa’ não apenas a família, mas os relacionamentos locais, a economia regional e as associações de cooperação. Assim como na família se aprende a levar em conta as necessidades dos outros, assim a economia deve servir à justa distribuição dos bens.
Na Editoria Fé Luterana, no texto Responsabilidade com a Criação,o alerta é em relação aos maus tratos sofridos pela Criação: O discurso de cuidado com o meio ambiente e do uso racional dos recursos é enganoso e dúbio. Em nenhum momento da sua história, o ser humano depredou e exauriu tanto os recursos naturais e maltratou o meio ambiente como no momento atual. Predomina uma luta desigual, que privilegia interesses públicos e privados, exigindo sacrifícios humanos e ambientais. O tema da economia como instrumento para a distribuição justa dos meios de sustento da vida é uma discussão urgente.
Também na Editoria Fé Luterana, no texto Cuidado com o sustento, lemos Tornai-vos, pois, praticantes da Palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Ti 1.22), deixando claro que, quando ouvimos e praticamos a Palavra de Deus, estamos sendo honestos com Deus e assim seremos abençoados, e completa: Quando falamos em espontaneidade, falamos em liberdade e gratidão. É algo que fazemos sem imposição ou obrigação. Pela alegria da salvação em Cristo, não consideramos nada nosso, mas colocamos tudo o que temos aos seus cuidados. A fé nos leva a sermos pessoas agradecidas.
Fiquemos com o questionamento proposto: Se os valores do Evangelho se contrapõem aos males causados pelo poder econômico, como pessoas cristãs e Igrejas podem agir de modo convincente e eficaz?
Ótima leitura!